sexta-feira, 26 de junho de 2009

A verdadeira "cara" da "lei":





Capa do Solo de Camelo:





O Rei dos Animais






Millôr Fernandes


Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!". Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?". Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou. Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".




M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.




O que é Projeto Nurc?



Projeto Nurc. Projeto Norma Urbana Culta, seu significado.
Seu objetivo era de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise língüística, ampliou - se o escopo, do projeto no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio - prágmatica do discursos e outros.








O que é a Grámatica Normativa?


A Grámativa Normativa, é a grámatica que busca ditar as regras gramaticais de uma língüa. Essa grámatica se posiciona como a única "correta", enquanto as outras como sendo categorizadas como "erradas".
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escurosão indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo.Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentra dano espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?
Repara: ermas de melodia e conceitoelas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Carlos Drummond de Andrade
O que é Grámatica Descritiva?

A Grámatica Descritiva, como seu nome diz, é grámatica que se preucupa com o uso da língüa que tanto falamos, na verdade ela se preucupa em "defender", a língüa do dia a dia, a língüa e suas variantes "culta e popular", a língüa como ela é.



quinta-feira, 11 de junho de 2009

Análise do filme: Billy Elliot

O mundo em que vivemos, é muito preconceituoso, não apenas contra os negros, ou desigualdade social mas também contra os homossexuais.
Um filme rico em escolhas perfeitas para mostrar o quanto nós mesmos somos preconceituosos.
O filme Billy Elliot nos mostra isso, no qual talentosos se reprimem com medo disso, pois têm preconceitos contar si mesmo.
A sociedade manipula todos nós, privatizando – nos da nossa própria vida, impedindo de vivermos e realizarmos nossos sonhos, e passamos viver para “ela”.
Devido a “correria” do dia a dia, os pais não dão atenção para seus filhos e acabam não conseguindo demonstrar o seu amor, e os deixam a desejar. Essa falta, como conseqüência nos reprimem e deprimem, o que nos fazem muito mal, não só nós, mas aos próximos.
Sonhar faz bem, quando conseguimos lutar por eles, e sabendo que sempre haverá uma oportunidade, mas também tudo tem seu tempo.
Não ter medo de viver é o primeiro passo.

domingo, 7 de junho de 2009



Umas das grandes telas de Hieronymus Bosch. imagem com efeitos lindos grande arte, linda.
Quero ser livre

Quero ter amizades verdadeiras, quero andar pelas ruas sem medo, quero mostrar o que sou sem ser o pato da vez, quero sorrir nos momentos de tristeza, não quero ser Maria vai com as outras, quero ter meus próprios sonhos e não que sonhem por mim ou decretem como minha vida deve ser.
Eu só quero ter uma vida, apenas ser livre.


Amanda

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Felicidade. O que é?

Prefiro ver como se fosse um lado da vida onde não há perfeição.
Felicidade não é levar a vida calmamente e sim uma vida de aventura, riscos, amigos dispostos a lhe amar verdadeiramente, pois não vejo esse companheirismo.
A vida perfeita como sonhamos é uma vida monótona, pois não há diversão, ou seja, só queremos dormir.
A felicidade habita naquele que é alegre, naquele que sofre, pois sempre terá uma recompensa, no final de tudo.

Vamos conseguir lutar por isso, por uma felicidade que nos traga mais amigos, companheiros e claro, que traga a própria vida, pois a vida é dificuldade, é temor e também alegria.
Vou conseguir.



Amanda

segunda-feira, 1 de junho de 2009

TEIMOSA PRESENÇA




Lepê Correia



Eu continuo acreditando na luta
Não abro mão do meu falar onde quero
Não me calo ao insulto de ninguém
Eu sou um ser, uma pessoa como todos
Não sou um bicho, um caso raro ou coisa estranha
Sou a resposta, a controvérsia, a dedução
A porta aberta onde entram discussões
Sou a serpente venenosa: bote pronto
Eu sou a luta, sou a fala, o bate-pronto
Eu sou o chute na canela do safado
Eu sou um negro pelas ruas do país.